terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sete respostas para as suas dúvidas sobre o 13º. salário

Hoje é o último dia para as empresas depositarem a primeira parcela do 13º. salário dos seus funcionários –a segunda tem que cair até 20 de dezembro.
Confira abaixo as respostas para algumas questões relacionadas à chamada gratificação natalina e aproveite bem os recursos:

30/11/2010

1 – Quem tem direito ao 13º.?Trabalhadores registrados em carteira, de empresas de qualquer tamanho; empregados domésticos; trabalhadores avulsos, contratados por meio de sindicatos, como os portuários; aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e da previdência pública estadual e municipal; trabalhadores rurais; trabalhadores com contrato temporário (a gratificação é proporcional ao período de atividade).

2 – Como calcular o valor que vou receber?Dividindo o salário de dezembro por 12 e depois multiplicando pelo número de meses trabalhados em 2010. Quem fez hora extra ou recebe comissão, como os vendedores, precisa levar em conta esses montantes também ao calcular a média da sua renda durante o ano. Do valor obtido, são descontados, basicamente, a contribuição ao INSS e o imposto de renda –essa dedução só é feita da segunda parcela, mas considerando o montante total. Também podem ser subtraídos valores que dizem respeito a eventuais faltas do colaborador durante o ano.

3 – Estou trabalhando desde janeiro, mas somente fui registrado em outubro. De quanto será o meu 13º.?É ilegal contratar funcionários sem o devido registro. Quando acontece, porém, as empresas costumam pagar somente o 13º. relativo ao período oficial de atuação do emprego. Ou seja, no caso relatado na pergunta, o colaborador receberia apenas os valores correspondentes ao intervalo de outubro a dezembro.

4 – O que faço se a empresa atrasar o pagamento?O problema deve ser denunciado ao Ministério do Trabalho ou ao Ministério Público do Trabalho. A multa é de R$ 170,26 por funcionário. Atenção: caso a companhia resolva quitar o 13º. em parcela única, deve fazê-lo até 30 de novembro, senão está cometendo infração.

5 – Qual é o melhor uso que posso fazer dessa renda extra?
Depende da sua situação financeira. Se estiver endividado, o melhor é renegociar as pendências e usar o 13º. para quitá-las. Caso esteja mais tranqüilo, pode canalizar uma parte para as compras de Natal e, com o restante, começar uma poupança para realizar seus sonhos, como comprar a casa própria, tirar férias com a família ou garantir a faculdade dos filhos. Outra sugestão é tentar antecipar –pedindo descontos, claro– o pagamento de compromissos de 2011. Escolas e faculdades costumam permitir que os alunos quitem as mensalidades daquele período letivo de uma vez. Não dá para esquecer, ainda, das contas que vencem no início do ano: IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano, IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automnotores)…

6 – Vale mesmo a pena poupar o dinheiro? É tão pouco…O 13º. salário de fato não representa nenhuma soma fantástica, mas pode fazer a diferença no longo prazo. Um trabalhador que consiga guardar o seu 13º. salário de R$ 2 mil todo ano, começando aos 30, chega aos 65 com uma reserva de R$ 222.869,00 se aplicar em algum instrumento que dê retorno de 6% (reais) ao ano. Tal montante significa um acréscimo de R$ 1 mil na sua aposentadoria por aproximadamente dezoito anos.

7 – Comecei a minha carreira agora e acho muito cedo para pensar na aposentadoria. Alguma ideia de outro bom destino que posso dar a essa grana?Invista em você, no seu desenvolvimento. “Fluência em inglês é o básico exigido por toda empresa”, frisa Renato Grinberg, diretor geral do portal de empregos Trabalhando.com no Brasil. “Se o profissional domina o inglês, pode pensar em aprender um terceiro idioma. Para a nossa realidade, o espanhol é o mais útil.” Saber manejar programas de computador é igualmente um trunfo. “O Excel é um diferencial para quem atua na área de humanas –muitos não gostam de lidar com números, embora essa habilidade seja necessária a diversas tarefas”, diz Grinberg.

Colaborou Marina Gazzoni

Leia Mais

TUDO SOBRE O 13o. NA COLUNA SEU DINHEIRO:

Quem tem direito ao 13o. salário e quanto deve receber
O melhor uso que se pode fazer do 13o. salário
Outra ideia para o 13o. salário
Sabia que o IR descontado do 13o. salário não é passível de restituição?
Prepare-se já para as despesas de final de ano

Fonte IG http://colunistas.ig.com.br/seudinheiro/2010/11/30/sete-respostas-para-as-suas-duvidas-sobre-o-13%C2%BA-salario/

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Varreduras policiais em casas do Alemão dividem opinião dos moradores

PM disponibiliza posto em Olaria para receber denúncias de desvio de conduta durante operação


Carmen Moreira, iG Rio de Janeiro 29/11/2010 19:33


Foto: AFP


Policial da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) patrulha morro do Alemão
Depois de anos reféns do tráfico de drogas, moradores do Complexo do Alemão começam a respirar mais aliviados. A entrada das polícias Militar, Civil e Federal e das Forças Armadas na comunidade, que teve início no último domingo (28), aconteceu de forma rápida e apesar dos confrontos com os bandidos, deixou a região com uma sensação de tranquilidade que há muito não se via.



Leia mais sobre a onda de ataques no Rio


Veja no mapa onde foram os ataques no Rio


Vila Cruzeiro e Jacarezinho são redutos de facção


Presenciou ataques? Mande para o Minha Notícia


Infográfico: Polícia se prepara para nova geração de Caveirões


Fuzileiros navais põem 300 homens à disposição


Infográfico: Poder de fogo do tráfico impressiona policiais


Conheça os blindados em operação no Rio de Janeiro


Veja em imagens os ataques no Rio


Prisões no Alemão ficam aquém do esperado


Polícia Civil apreende nove toneladas de maconha


Assassino de Tim Lopes é preso no Complexo do Alemão


Após invasão, polícia vasculha o Complexo do Alemão


Lula diz que operação é um sucesso e vai visitar Alemão


Veja o balanço e cronologia dos ataques


Cabral dobra segurança pessoal frente a ameaças e crise

Mas depois de ocupar o território, a missão da polícia é ainda mais difícil e demorada: vasculhar toda a comunidade em busca de drogas, armas e criminosos que estão escondidos lá. A varredura, feita casa a casa pelos agentes, divide opiniões. Enquanto uns moradores garantem que a abordagem foi simpática, outros reclamam que foram tratados de forma truculenta pela polícia. E há quem tenha experimentado os dois lados.
Moradora da comunidade da Fazendinha, dentro do complexo de favelas, a corretora Bianca S., de 21 anos, conta que passou por momentos de muita tensão durante a vistoria de sua casa, na manhã de domingo. “Eles já chegaram apontando um fuzil pro meu marido. Mandaram a gente sair, mas como eu estava de sutiã pedi para vestir a blusa antes. Não deixaram e eu fui parar no meio da rua assim. Me senti humilhada”.
Por causa da situação, onde se sentiu constragida, e vendo sua filha de 1 ano e 8 meses assustada, Bianca começou a chorar. “E fui repreendida por um policial que disse que eu deveria ficar nervosa antes, com a presença dos bandidos na comunidade”, relatou. Por fim, “eles não acharam nada lá até porque nós somos trabalhadores e não fazemos nada ilícito”, disse.
Após ser liberada, a corretora decidiu ir até a casa de sua mãe, que também fica na comunidade. “Quase caí pra trás quando outros policiais, também vestidos de preto, como os que foram em minha casa, apareceram para fazer a revista lá também”. Mas para sua surpresa, desta vez todos foram tratados da melhor forma possível. “Eles pediram licença pra entrar e até brincaram com a minha filha”, contou.
Outra varredura realizada na manhã de segunda-feira (29) e acompanhada pela reportagem do iG também deixou uma família bastante insatisfeita com o tratamento dos policiais. Um jovem, aparentando 20 anos de idade, foi considerado suspeito e algemado antes mesmo que pudesse mostrar seus documentos. Após os apelos de sua mãe, que também estava em casa, ele teve as algemas retiradas, conseguiu se identificar e foi liberado.Já Talita G., de 39 anos, tem lembranças bem mais amenas para contar. A doméstica, que tem uma filha de 4 anos, teve sua casa revistada duas vezes, por policiais civis e militares, e não tem qualquer reclamação a fazer. “Eles foram muito educados. Pediram que eu retirasse as coisas do meu armário, arrastaram alguns móveis e me fizeram perguntas, mas foi tudo de forma muito calma”, garantiu. Para Talita, o importante mesmo é tirar os marginais da comunidade. “Gostaria muito que vivêssemos com tranquilidade aqui na favela”.
Para quem tem algum tipo de reclamação a fazer sobre as vistorias realizadas no Complexo do Alemão, a Polícia Militar informou em nota que “há um posto da Corregedoria da PMERJ na sede do 16º BPM (rua Paranapanema, 769, Olaria) para atender todas as denúncias, que serão apuradas com rigor”. A PM garantiu também que não concorda com nenhum tipo de desvio de conduta dos agentes.

Com informações de Anderson Ramos e Daniel Gonçalves, especial para o iG

Origem: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/revistas+em+casas+do+alemao+dividem+opiniao+dos+moradores/n1237842710694.html

Pacificação desagrada criminosos, que reagem com violência no Rio

Há quase dois anos, o governo do Rio de Janeiro implantava no morro Santa Marta, em Botafogo, a primeira Unidade de Polícia Pacificadora. Se no início a novidade parecia mais um programa fadado ao fracasso ou à mera pirotecnia política, hoje – quando 12 comunidades contam com UPPs e cerca de 200 mil pessoas são beneficiadas – seus resultados podem ter sido suficientemente incômodos ao ponto de se transformarem no foco da onda de violência que tem alarmado cariocas e fluminenses.



Policiais reagem contra ataques (por Sérgio Moraes/Reuters)

A recente sequência de crimes teve início no domingo (21), quando homens atearam fogo em dois veículos na Linha Vermelha depois de assaltar os motoristas. Nos dias subseqüentes, outros atentados, roubos, incêndios, arrastões etc. mudaram a rotina da população, espalhando pânico pelas ruas do Rio. Nesses últimos quatro dias, 21 pessoas morreram e houve 150 detenções. Mas, há dois meses o estado tem registrado ações como essas. O tipo de crime e sua concentração nestes últimos tempos fizeram com que as autoridades do estado apontassem os acontecimentos como reação de facções criminosas à atuação do aparato de segurança pública, em especial as UPPs, que teriam expulsado traficantes de comunidades onde antes reinavam absolutos. Nesta quarta-feira (24), o governador Sérgio Cabral declarou em entrevista à rádio CBN que "nós, desde o primeiro dia, enfrentamos a marginalidade, seja ela qual for, com intensa firmeza e coragem. Evidente que, nesses quatro anos que se encerram no mês de dezembro, esses marginais perceberam, lutaram, sofreram e se prejudicaram com a nossa política. Portanto, essa ação que acontece na Região Metropolitana não é de ameaça, mas, sim de desespero da marginalidade, percebendo que há uma política de retomada de territórios que fragiliza cada vez mais essa marginalidade, o tráfico de drogas, o contrabando de arma".O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, tem dado declarações na mesma direção e nesta quarta dirigiu-se à população dizendo que “as pessoas estão assustadas e, sem dúvida nenhuma, essas questões assustam, mas nós temos um propósito, temos um lugar a se chegar. Obviamente que enquanto não chegarmos ao lugar que a gente pretende vamos ter que continuar convivendo com ações do Rio de Janeiro antigo, não há mágica para isso”. Beltrame lembrou que “a transformação que se quer fazer no Rio não vai ser feita de uma hora para outra porque lideranças criminosas estão instaladas aqui há muito tempo. A solução definitiva desses problemas é a execução de um plano concreto.”




Ações rápidas e orquestradas?



Motorista e cobradora saem feridos de van incendiada em Santa Cruz (por Marcia Foletto/O Globo)Na avaliação do jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, em artigo publicado no portal Terra, o comando para a execução de “ações rápidas” partiu dos presídios por parte de lideranças do Comando Vermelho e Amigo dos Amigos, como forma de “difundir medo na população, desmoralizar as forças de ordem e abrir caminho para um acordo com o governo do estado”.Segundo Maierovitch, no Rio “essas duas organizações criminosas conseguem se unir, como se percebe no momento, numa confederação criminal. E as milícias paramilitares, que também têm controle de território e social, dão apoio velado porque muitos dos seus membros são policiais”. As UPPs, até agora, “conseguiram, embora de forma lenta, reconquistar território e retomar o controle social nos morros do Rio de Janeiro. Por evidente, essas retomadas geram prejuízos financeiros para as organizações, cujo lucro é a sua única ideologia. Mais ainda, geraram, como esperado, a migração para outras localidades”, explica. O coordenador de pesquisas do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marcos Bretas, relativiza a união de grupos rivais. “Essa união é algo que não se sabe exatamente se acontece porque está se começando a falar nisso. Acho surpreendente que possam se unir porque há diferenças grandes, históricas entre eles, mas talvez, em nome de uma crise eles, tentem se unir”, declarou ao Vermelho. No entanto, Bretas diz que os atos de violência podem ser “parte de uma estratégia de grupos que estão perdendo força”.Na avaliação de Bretas, nunca houve por parte do estado do Rio de Janeiro uma política deste tipo. “É bastante ousada e o governo mostrou grande capacidade de formular, executar e aprender com as circunstâncias”. Ele ressalta como aspectos positivos das UPPs o fato de o programa ter tido continuidade desde sua criação e de ter proporcionado “a afirmação de direitos a grupos que nunca tiveram acesso à segurança pública”. Bretas diz que o cenário atual “pode ser mais penoso para uma classe média localizada, a imprensa faz um enorme alarde porque as coisas estão acontecendo na Zona Sul, nos bairros da classe média. A violência era uma coisa ficcionalizada, imaginada e relacionada aos outros, só que ela saiu do mundo da favela”.

Investimento em inteligência


Posto da PM é atacado em Del Castilho (por Marco Antonio Teixeira/O Globo)
Crítico à política de segurança pública do Rio de Janeiro, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSol) declarou à CartaCapital que “dizer que qualquer coisa que aconteça é uma reação a essa política é precipitado. O serviço de inteligência deve trabalhar para dar a real dimensão do que está acontecendo”. Porém, reconhece que “a chance disso tudo estar acontecendo como reação as UPPs e a dificuldade que o tráfico vem enfrentando há bastante tempo, é provável e um tanto quanto evidente, inclusive. É nesse momento, mais do que nunca, que o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública precisa agir”. Ana Rocha, presidente do PCdoB-RJ, também vê como essencial o investimento em inteligência. “A questão da segurança é nevrálgica no Rio de Janeiro e seu enfrentamento não é fácil porque implica também lidar com a questão das drogas, das armas etc. Uma política de segurança tem que levar em conta medidas de enfrentamento como as UPPs – que são bastante positivas, mas não são suficientes –, como também medidas de inteligência para ver como enfrentar tais questões de maneira mais abrangente e eficiente”.A opinião do PCdoB, expressa em seu Programa Socialista, é de que a política de segurança deve ser fundada “na integração entre União, estados e municípios, constituindo um Sistema Único de Segurança Pública que tenha a participação solidária e o controle da sociedade”. Coloca também que é necessário “realizar ações prioritariamente preventivas e de repressão à violência criminal” e combater “o crime organizado e o narcotráfico”. Com base nesses princípios, os comunistas têm defendido, inclusive em documento apresentado recentemente pelo partido à equipe de transição do governo Dilma Rousseff, que a segurança deve ser “orientada por uma nova política nacional que assegure o direito fundamental do cidadão a uma vida com paz e segurança”.

Da redação,Priscila Lobregatte Origem:http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=142288&id_secao=1

Cabral diz que tropas continuam no Alemão até instalação de UPP

Nesta segunda-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, anunciou que as tropas das Forças Armadas que, juntamente com policiais militares ocupam o Complexo do Alemão, na zona norte da capital carioca, ficarão no local até que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) seja instalada na comunidade, o que deve acontecer em até sete meses. “Não vamos dormir nos louros da conquista de ontem. Acordamos cedo com os próximos desafios que é a reconquista efetiva dos territórios ainda ocupados pelo poder paralelo”, disse Cabral hoje na abertura de fórum sobre a infraestrutura urbana para os Jogos Olímpicos de 2016. Segundo ele, as próximas ações do governo serão dadas de maneira integrada com o Ministério da Defesa e com a Polícia Federal. “Já está acordado”, afirmou. “Agora estamos na fase das tratativas técnicas”, o que passa pelas mãos do secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame e de oficiais militares do ministério.De acordo com o governador, será instalada amanhã (30) a UPP do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, também na zona norte da cidade. Na sequência, as comunidades do Lins de Vasconcelos – que incluem o Morro do Quieto e o Morro São João – devem ser pacificadas.Sobre a possibilidade de a unidade chegar também às comunidades da Rocinha e do Vidigal, na zona sul, ele garantiu que o cronograma não será alterado, mas preferiu não antecipar a data prevista para a ocupação.Encontro com DilmaAinda hoje à noite, Cabral se reunirá com a presidente eleita Dilma Rousseff para discutir as ações futuras de seu governo de combate ao tráfico de drogas. O encontro será em Brasília no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde se concentram os trabalhos da equipe de transição de governo. Dilma tem acompanhado a situação e na semana passada, diante dos ataques feitos pelo crime organizado, telefonou a Cabral manifestando sua solidariedade à população e ao governador.

Da redação, com agências origem: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=142574

sábado, 27 de novembro de 2010

ARRASTÃO A CONDOMINIO DE LUXO

Dezoito ladrões fazem arrastão em condomínio de luxo de SP
Bandidos armados com fuzis usaram distintivos da Polícia Civil e renderam vigilante para conseguir entrar no condomínio

24/11/2010 07:40


CLICK NA IMAGEM E VEJA O VIDEO



Dezoito ladrões armados com fuzis assaltaram um condomínio de casas de alto padrão em Santo Amaro, zona sul da capital, na noite de terça-feira. Alguns usavam distintivos da Polícia Civil e fingiram ser policiais para entrar no local. A mulher do zelador estranhou o fato e chamou a Polícia Militar, que foi recebida com rajadas de tiros.

Foto: Futura Press
Cada uma das três casas assaltadas é avaliada em cerca de R$ 1,5 milhão
Os bandidos invadiram três das oito residências - cada uma avaliada em cerca de R$ 1,5 milhão - e fugiram em uma Land Rover blindada de um dos moradores levando joias e dinheiro. Ninguém foi preso.
A ação foi planejada e começou por volta das 18h30 no Jardim Lídia, região do Capão Redondo, também na zona sul, onde mora um dos vigilantes do condomínio. O funcionário contou à polícia que tinha acabado de sair de casa em seu Corsa para ir ao trabalho quando três homens portando distintivos da Polícia Civil o abordaram na rua.
O trio disse que investigava um roubo a residência na região e o levaria à delegacia do bairro para colher um depoimento. Ao entrar no veículo dos ladrões, porém, o vigilante soube que estava sendo seguido há três meses, que seu local de trabalho seria assaltado e que, se ele não cooperasse, sua família acabaria morta.
Chegando ao condomínio, o vigilante pediu ao porteiro que abrisse a porta e os ladrões entraram. A mulher do zelador estranhou a presença dos falsos policiais e decidiu confirmar ligando para o 190, que enviou uma viatura da 4ª Companhia do 1º Batalhão Metropolitano. Ao chegarem no local, os policiais militares foram recebidos com rajadas de fuzil calibre 556.
Diante do poder de fogo dos ladrões, os policiais buscaram refúgio atrás da viatura e os criminosos escaparam, levando joias, dinheiro e objetos de valor dos moradores, além da Land Rover. Segundo a polícia, 18 homens participaram da ação, entre os que entraram nas casas e os que ficaram na retaguarda.
Ninguém se feriu e o Corsa do vigia foi localizado próximo ao condomínio. Um outro Corsa suspeito, abandonado nas redondezas com diversos celulares no interior, é investigado.
O caso foi registrado no 99º Distrito Policial, em Campo Grande, e até a manhã desta quarta-feira ninguém havia sido preso. Este é o 21º arrastão a condomínios da capital neste ano, igualando o total de arrastões registrados em 2009.
O crime ocorreu menos de 24h após uma tentativa de roubo a outra residência do bairro, a 500 metros desse condomínio. Na noite de segunda-feira, 22, três ladrões acabaram presos após i
nvadirem a casa e fazer um casal de moradores e sua filha de 13 anos reféns. A menina conseguiu fugir e pulou o muro para o vizinho, de onde chamou a polícia. Um taxista que seria comparsa do grupo também foi detido.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vigilante Toninho morre aos 31 anos em São Paulo

Pânico na TV



O segurança Antônio Eduardo Sousa da Silva, conhecido como Toninho, morreu na tarde de quinta-feira (11) aos 31 anos em São Paulo, segundo informações da Rede TV!.

Toninho, o segurança do "Pânico na TV", que morreu em SP
Um amigo dele contou à emissora que ele estava internado há cerca de duas semanas, após ter uma crise de gastrite.
A Fama

Toninho começou a aparecer no "Pânico na TV" no quadro de Amaury Dumbo e ficou conhecido por não achar graça das piadas de Freddie Mercury Prateado.
Ele também participou da segunda temporada do "Xurupita's Farm", paródia de "A Fazenda" (Record).
De acordo com o irmão, Toninho havia se casado há cerca de seis meses. Ele não tinha filhos.
A Doença
O irmão de Toninho, Edvaldo, disse à Rede TV! que ele passou por quatro cirurgias durante a internação na UTI do hospital do Campo Limpo.
Ele disse ainda que o irmão estava com o intestino "perfurado" e que os médicos fizeram uma cirurgia para fechá-lo. Os pontos, contudo, infeccionaram e a situação se complicou.

Segundo um amigo contou ao portal da RedeTV!, o rapaz tinha problemas de gastrite e foi hospitalizado após uma crise.
"Há 16 dias ele começou a passar mal durante o plantão e eu disse para ele ir pra casa e tomar remédio. Ele foi direto para o hospital e não voltou mais", lamentou Udevald da Silva Filho, que trabalhava com o segurança há 6 anos no Memorial da América Latina, em São Paulo.
O portal ainda falou com Edvaldo Sousa da Silva, irmão de Toninho. Ele disse que Toninho passou por pelo menos quatro cirurgias durante o período em que esteve na UTI do hospital do Campo Limpo.
"Depois de uma tomografia, os médicos disseram que ele estava com o intestino perfurado. Fizeram a operação para fechar, mas os pontos infeccionaram e tiveram que abrir de novo. Nesse meio tempo as fezes se espalharam entre os órgãos e a situação foi se complicado", detalhou. "Os familiares vinham visitá-lo sempre e ultimamente ele estava com um pedaço do intestino para fora. Quando foi hoje recebemos a notícia de que tinha falecido", relatou, acrescentando que o irmão casou no civil há seis meses e não tinha filhos.
O enterro acontece nesta sexta-feira (12) às 11h, no cemitério São Luiz, em São Paulo.

Policial militar foi morto após tentar impedir roubo da própria moto

Policial Militar foi morto ao tentar impedir o roubo de sua própria moto. Depois de pegar a chave da moto o bandido virou de costas e o PM armado deu voz de prisão ao assaltante que foi mais rápido e reagiu. O crime aconteceu na semana passada e provoca lágrimas na mãe do policial, mesmo tendo a oportunidade de atirar pelas costas, o policial foi profissional e tentou apenas prender o bandido.
Exibido no dia 11/11/2010.

Veja o video em:

http://www.youtube.com/watch?v=rsPUkDCAvGY&feature=player_embedded

Polícia identifica suspeito de matar vigilante da Ceasa


Vigilante de 23 anos foi morto após ter a arma roubada, no início da tarde desta quarta-feira (10), dentro da Centrais de Abastecimento de Campinas, a Ceasa. José Elias Rodrigues Dantas trabalhava em uma portaria do local quando foi abordado e baleado por um homem, na cabeça e no braço. A polícia civil divulgou fotos do momento em que o assaltante chega. Em instantes, o vigia é rendido, mas reage e recebe os tiros. "Existem duas linhas de investigação de imediato. Ou ele (o bandido) veio exclusivamente para roubar a arma do vigia, ou ele veio para roubar a arma e atingir a vítima. A investigação inicial será com base nestas duas hipóteses", disse o delegado responsável pelo caso, Tadeu Brito de Almeida.De acordo com testemunhas, na fuga, o bandido ainda teria atirado várias vezes contra clientes e funcionários de um posto de gasolina em frente ao local. O sepultamento de José Elias Rodrigues Dantas acontece às 16h30 desta quinta-feira (11) em Campinas.Este foi o nono latrocínio (roubo seguido de morte) do ano em Campinas. Por enquanto, ninguém foi preso.


A Polícia Civil de Campinas identificou o suspeito de ter matado um vigilante da Central de Abastecimentos (Ceasa) durante um assalto no começo da tarde de quarta-feira (10). Rodrigo Henrique Araújo da Costa, de 26 anos, ainda não foi encontrado pelos investigadores, mas os policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) conseguiram apreender na Vila França, no distrito de Barão Geraldo, o carro usado no crime. O veículo, que é de uma empresa que prestava serviços para a Telefônica, está no pátio da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) com uma marca de tiro do para-lama e com o vidro do para-brisa quebrado.

A família do suspeito esteve na delegacia na noite de quarta para prestar esclarecimentos. Nenhuma possibilidade, como a de crime passional, está descartada nas investigações, segundo o delegado responsável pelo caso, Tadeu Aparecido Brito de Almeida. Também existe a suspeita do ladrão fazer parte de uma quadrilha especializada em roubo de armas, o que foi levado do segurança.

O vigilante morto,José Elias Rodrigues Dantas, será velado a partir das 12h30 desta quinta-feira (11) no Cemitério dos Amarais, em Campinas, onde será sepultado às 16h30.

A 9ª vítima

O segurança da Ceasa, José Elias Rodrigues Dantas, de 23 anos, é a 9ª vítima de latrocínio-roubo seguido de morte- do ano em Campinas. Ele foi morto após ser atingido por dois tiros. A arma dele, um revólver calibre 38, foi levado pelo bandido, que, segundo testemunhas, fugiu em um carro da Telefônica - a empresa informou que um dos seus carros foi roubado recentemente. O veículo foi encontrado na noite de quarta-feira no distrito do Barão Geraldo.

O vigia trabalhava há 20 dias para uma empresa tercerizada de segurança e estava em serviço quando foi abordado na portaria de pedestres da Ceasa. Imagens do circuito interno mostram quando ele foi abordado e reagiu. Dantas foi atingido na mão e na cabeça. Ele foi socorrido ao Hospitial de Clínicas da Unicamp, mas não resistiu aos ferimentos.

Na fuga, o assaltante ainda disparou em direção a um posto de combustíveis, para intimidar quem quisesse impedir sua fuga. A Polícia Civil já está com as imagens do circuito de segurança para identificar o bandido.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estudante é processada por discriminação a Nordestinos

Pai da estudante processada por discriminação se diz envergonhado
A pedido da OAB e da Procuradoria da República, Mayara Petruso será investigada por comentários contra nordestinos na internet

Rodrigo Rodrigues, iG São Paulo | 05/11/2010 17:46

Empresário Antonino Petruso, morador de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, soube pelos jornais que a filha mais nova, Mayara Penteado Petruso, está sendo alvo de investigação pela Procuradoria Geral da República por crime de preconceito. Ela é a estudante de Direito que, finalizada a apuração que apontou Dilma Rousseff (PT) como nova presidenta do Brasil, desancou a postar frases de preconceito e discriminação contra o povo nordestino na internet.

Nas frases postadas na rede de microblogs Twitter e no Facebook, a jovem sugere o extermínio dos nordestinos e pede o fim do direito de voto para quem não mora na região Sudeste.

Antonino Petruso se disse “surpreso, decepcionado e envergonhado” pela atitude da filha e lamentou que a menina tenha se deixado influenciar pelo “acirramento” do debate eleitoral. “Nunca fui chegado a política e nunca ensinei nada disso para as minha filhas. Tenho um enorme respeito pelos nordestinos e é graças a eles que consigo dar uma vida digna para minha família e pagar a faculdade da Mayara”, disse Petruso ao iG, em entrevista por telefone.


A estudante de Direito Mayara Penteado Petruso, que postou frases contra nordestinos no Twitter e no Facebook e agora é alvo da Justiça e da OAB e pode ser condenada
Petruso é dono de uma rede de supermercados de Bragança e diz que tem vários clientes e empregados de origem nordestina. Pai de quatro filhos, ele trabalha mais de 15 horas por dia para administrar o negócio herdado do pai. Nos últimos anos, em virtude da melhora da economia, viu os negócios melhorarem graças às políticas econômicas do governo Lula. “Tenho muita simpatia pelo Lula. Ele não resolveu tudo, mas fez um excelente governo. Se a Mayara tivesse me consultado, teria pedido para ela votar na Dilma. Entre todos os candidatos, ela era a melhor opção para o País”, afirmou o empresário.

Relacionamento

Mayara é filha de um relacionamento de Antonino fora do casamento. Embora o empresário financie os estudos e a moradia da jovem em São Paulo, ele narra que o relacionamento com a filha é um pouco distante. “Desde quando ela foi morar em São Paulo, pouco nos falamos. Duas outras filhas também moraram na capital nesses últimos anos, mas ela não mantinha contato nenhum com as irmãs nesse período”, contou.

Desde quando soube do caso, Antonino tenta encontrar a filha para saber o que de fato aconteceu, mas não consegue localizá-la. Após tentar fazer contato com a garota pelo celular e até ligar para a mãe dela, não obteve retorno e se disse preocupado com o que possa estar acontecendo. “A internet tem muito problema de hacker. Eu mesmo já tive o e-mail invadido por eles. Quero ouvir dela o que está acontecendo. Se ela fez mesmo essas coisas graves que os jornais estão dizendo, terá que pagar e responder na Justiça”, disse o pai. “Sou contra qualquer tipo de discriminação. É o pior crime possível e estou muito chateado que a minha filha esteja envolvida nesse tipo de coisa”, desabafou.

“Geyse da FMU”

Mayara é estudante do sexto semestre de Direito da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Transferida de uma faculdade da região do Pari, passou a frequentar as aulas no campus da Liberdade apenas neste ano, no período noturno.

Na sala do segundo andar, a estudante sentava no fundo da classe e conversava com alguns poucos colegas de classe, em virtude do pouco tempo na turma. Apesar de muito jovem, com 21 anos, ela já estagiava em um escritório de advocacia durante o dia, mas foi despedida da empresa por causa do episódio. Na classe, os colegas mais próximos dizem que a jovem nunca soltou qualquer comentário preconceituoso e mantinha o respeito com todos os colegas.

“Era uma jovem sorridente e concentrada nos estudos. Conversava com todo mundo que vinha puxar papo com ela, mesmo aqueles de origem nordestina”, disse o estudante identificado apenas como Carlos, que sentava na frente da jovem e fez trabalhos com ela pelo menos duas vezes neste ano.

“Acho que ela foi ingênua e infeliz ao fazer esse tipo de comentário. Foi uma coisa muito feia o que ela disse, mas sei que ela não deve ter agido por mal”, disse outra colega que se identificou como Aline.


Foto: Reprodução
Comentário de Mayara Petruso no Facebook logo após a vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial do último domingo; Preconceito e discriminação contra nordestinos
A história de Mayara ecoou entre os alunos da FMU e foi o principal assunto nesta quinta-feira, data que a reportagem do iG esteve na faculdade. No intervalo, nos elevadores e em todas as salas de aula, as pessoas buscavam identificar quem era a garota apelidada de “Geyse da FMU”, em referência ao episódio da estudante Geyse Arruda, que foi hostilizada por colegas da Uniban por frequentar as aulas com um vestido cor de rosa curtíssimo.

“A Mayara é a maior celebridade do curso de Direito hoje”, brincou um jovem durante o intervalo das aulas, numa roda com outros cinco jovens do terceiro ano.

“Desde o dia em que o episódio de preconceito veio a tona, Mayara não apareceu mais na faculdade. As amigas mais próximas dizem que ela não atende ao telefone nem responde e-mails. Uma delas chegou até a visitar a república onde Mayara mora com outras duas amigas, mas foi informada de que a jovem teria voltado para Bragança, para a casa da mãe.

Os colegas de sala temem que ela abandone o curso. Todos lamentaram o episódio e disseram até que sentem dó pelo que Mayara está passando. “Ela é muito novinha. Não deve estar sendo fácil enfrentar toda essa pressão”, afirmou a representante de sala.

'Case' de Direito

O caso da jovem de Bragança Paulista está sendo tratado pelos professores como “case” das aulas de Direito Civil. Segundo os alunos, alguns professores até analisaram o caso da jovem pela ótica jurídica. “Um dos professores afirmou que ela pode responder processo por incitação à violência e discriminação”, disse Rafael Prado, estudante do quarto ano de Direito. “Os professores estão usando o caso para alertar os alunos sobre os limites da internet. É capaz até de as aulas de Direito Eletrônico ficarem mais animadas”, brincou o estudante.


Foto: Reprodução
Além do Facebook, Mayara Petruso também postou no Twitter frases de preconceito contra os nordestinos. A jovem agora é alvo de ação da Procuradoria da República de SP

Ameaças e preconceitos

A Segurança da FMU também está em alerta. Para evitar que a jovem sofra qualquer tipo de hostilidade caso volte às aulas, os seguranças passam pela sala 203 na hora da entrada, do intervalo e na saída. Numa dessas rondas, a reportagem do iG foi flagrada dentro da sala de aula, ouvindo os colegas da jovem na hora do intervalo. Ao convidar o repórter a se retirar da faculdade, um dos seguranças disse que os responsáveis pela segurança estão em alerta total porque um jovem de origem nordestina invadiu a universidade da última quarta, ameaçando agredir Mayara. “A sorte é que ela não tem vindo às aulas”, disse o segurança.


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O pai de Mayara afirma que o episódio causou muitos problemas para a família. Além de assunto entre a maioria dos jovens de Bragança, uma das irmãs de Mayara tem sido alvo de críticas e comentários preconceituosos na faculdade onde estuda, em Bragança. A jovem confessou ao pai que alguns professores também têm destratado a moça em virtude do episódio. “Gostaria que as pessoas não confundissem as coisas por causa de um sobrenome. A Mayara tem 21 anos e responde por seus atos. O que ela fez foi muito grave, mas nós, familiares, só podemos lamentar e ajudá-la a se livrar desse preconceito ruim”, avalia o pai. “Os que confundem as coisas, incorrem num erro ainda mais grave que o da minha filha”, sentencia.

Desculpas da família

Antonino Petruso soube pelo iG que a filha não está frequentando a faculdade. Com problemas de visão que o impedem de dirigir, o empresário deve viajar a São Paulo no final de semana com uma das filhas para encontrar a filha e tentar orientá-la.

A Procuradoria Regional da República de São Paulo já solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que abra investigação contra Mayara. O processo foi encaminhado para a procuradora Melissa Garcia Blagitz Abreu e Silva, do Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos).

O pai da jovem promete contratar um advogado para ajudar a filha, mas ressalta que a jovem terá que responder por seus atos. “Preconceito é um crime inaceitável. Se ela fez isso mesmo, terá que pagar. Como pai, peço apenas desculpas aos nordestinos, do fundo do meu coração. Amo o Nordeste e todos os nordestinos merecem o meu respeito”, declarou Antonino Petruso.

Lá fora

O caso chegou a repercutir na imprensa internacional. O site do jornal britânico The Telegraph publicou reportagem do seu correspondente no Brasil a respeito do assunto. A matéria diz que se a jovem for condenada pela Justiça, poderá pegar uma pena de dois a cinco anos de prisão por racismo. Ou então, de três a seis meses - ou multa - por incitar o assassinato na internet.

O jornal britânico também lembrou a diversidade étnica do Brasil e afirmou que os metiços formam a grande maioria da população brasileira.


Foto: Reprodução
Repercussão do caso de Mayara Petruso na página do jornal britânico "The Telegraph".

Leia mais: http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/pai+da+estudante+processada+por+discriminacao+se+diz+envergonhado/n1237820606679.html

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lei obriga polícia a comprar arma nacional e mais cara

Pistola desejada pela PM fluminense custa metade do preço da brasileira. Compare no gráfico equipamentos dos agentes da lei e traficantes
Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro | 03/11/2010 12:37
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Apesar do preço mais alto, a PM deve ser obrigada a pagar mais que o dobro pelas pistolas nacionais. O motivo é o Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), de 20 de novembro de 2000.

De acordo com o artigo 190, “o produto controlado que estiver sendo fabricado no país, por indústria considerada de valor estratégico pelo Exército, terá sua importação negada ou restringida, podendo, entretanto, autorizações especiais ser concedidas, após ser julgada a sua conveniência”.

Em resposta à reportagem do iG, o Centro de Comunicação do Exército (CComSEx) citou o artigo, entre aspas, mas suprimiu a parte final, que trata das exceções eventuais, as autorizações especiais. O objetivo é priorizar a indústria nacional.

Embora não comente o assunto oficialmente, existe forte insatisfação da PM pela dificuldade de se comprar a arma que consideram a melhor e mais barata pelo fato de haver limitação de compra de armas estrangeiras. "Não quero comprar uma pistola especificamente, eu quero a melhor", disse um comandante de batalhão da PM, que pediu para não se identificado.


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Uma comissão composta por um major, três capitães da PM e dois especialistas em armas analisa as ofertas. O projeto é do comando da PM, mas, diante das resistências, o próprio comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, já admitiu a oficiais estar desanimado com a situação e pensar em evitar em mais desgastes com o Exército.

A PM do Rio sonha com a Glock (considerada tecnicamente superior por oficiais ouvidos pelo iG), que ofereceria o preço de R$ 766,62 por unidade, e promete imprimir a marca d'água da instituição no cabo da arma. A Imbel pede R$ 1.600 pela unidade.

A Imbel é uma empresa pública, pessoa jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, com autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando do Exército. Fornece à Força armas portáteis, munições, explosivos e equipamentos de comunicações.

Cabe à Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) orientar, coordenar e controlar a fiscalização de produtos controlados pela Força.

A Polícia Federal já viveu situação semelhante em 2006, quando pretendeu comprar 5.000 pistolas da mesma Glock. Na ocasião, obteve dispensa de licitação e adquiriu as armas no Uruguai, por R$ 5,1 milhões. O negócio foi investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com o Exército, naquela ocasião, “não havia produto nacional que atendesse aos requisitos da Polícia Federal, e, em conseqüência, a importação foi autorizada pelo EB”.